A saúde organizacional se refere a um conjunto de fatores que exercem impacto na produtividade e na lucratividade do negócio. Por exemplo, a qualidade dos processos organizacionais, as políticas internas e o propósito motivador. Adicionalmente, podemos citar a satisfação dos colaboradores, a postura dos líderes e o correto alinhamento de metas e objetivos.
E, se isso parece subjetivo, vamos aos números que comprovam a importância. Segundo o Índice de Saúde Organizacional da McKinsey, 80% das empresas tiveram uma performance superior em relação às que não investiram nisso.
Ou seja, a saúde organizacional é um elemento estratégico para o sucesso das instituições. Portanto, ela merece atenção especial de instituições que querem se destacar no mercado, seja qual for o porte ou o ramo de atuação.
De fato, o bem-estar da organização está diretamente ligado ao seu desempenho e competitividade. E, para te ajudar a entender melhor sobre o assunto, elaboramos este conteúdo explicando o que é a saúde organizacional. E, claro, falaremos sobre o porquê é importante se preocupar com esse aspecto vital do negócio.
E mais: você também vai conferir cinco dicas de como tornar a sua organização muito mais saudável e competitiva:
- faça uma pesquisa de clima organizacional;
- atente-se à taxa de turnover (rotatividade);
- incentive o aprendizado dos colaboradores.
- defina qual é o propósito motivador da companhia;
- invista na automação de determinadas tarefas e processos.
O que é saúde organizacional? E para que serve?
A saúde organizacional é a chave para equilibrar o desempenho de curto prazo e a sustentabilidade no longo prazo. Trata-se de um aspecto essencial dos negócios, em termos de qualidade dos processos organizacionais e da empresa como um todo.
A saúde de uma organização se conecta com todos os pontos do tecido corporativo. Isso vai desde as condições de trabalho até a efetiva gestão de recursos (financeiros, humanos, tecnológicos etc). Dessa forma, pode-se alcançar os objetivos estratégicos e melhorar o clima organizacional.
Em paralelo, também podemos definir a saúde organizacional como a combinação de vários fatores, dentre eles:
- motivação e engajamento dos funcionários;
- relações internas entre os níveis hierárquicos;
- perenidade do negócio nos próximos anos;
- cumprimento das metas do planejamento estratégico;
- performance e crescimento do market share no setor;
- gerenciamento de riscos a que o negócio está exposto;
- potencial de inovação para superar obstáculos do segmento;
- ambiente profissional em si, das relações à infraestrutura;
- fortalecimento da imagem, marca e reputação empresarial;
- capacidade de se adaptar às novas demandas do mercado.
Por que é importante se preocupar com a saúde organizacional?
Como você pôde perceber, a saúde organizacional é um conceito que engloba um conjunto de fatores, não é mesmo? Todos eles são essenciais para o bom funcionamento dos negócios e, em especial, para a sustentabilidade no longo prazo.
Tendo isso em vista, fica mais fácil confirmar porque a saúde organizacional se faz importante. Afinal, é a partir dela que se criam condições favoráveis para que os colaboradores possam exercer suas funções da melhor maneira possível.
Quanto mais saudável uma organização é, melhor será a qualidade com que ela executa seus processos. Consequentemente, mais motivados estarão seus funcionários e, portanto, maior será a produtividade da companhia.
Sendo assim, as lideranças definitivamente precisam se preocupar com a saúde organizacional. E mais: essa é uma vantagem competitiva perante a concorrência, promovendo o alinhamento estratégico, a inovação e a melhoria contínua.
10 benefícios de investir na saúde organizacional
A seguir, listamos dez ganhos em potencial para evidenciar a importância de investir na saúde da organização. E o melhor: a pesquisa da McKinsey ainda aponta que os benefícios tangíveis podem ser conquistados no prazo de seis a 12 meses, sabia?
1. Melhoria da produtividade de cada área
Algumas empresas olham apenas para o core business e se esquecem das demais áreas do negócio. Por outro lado, é importante que cada setor tenha as próprias métricas de produtividade, conforme a natureza das atividades desempenhadas.
2. Economia e otimização do uso de recursos
Ao definir métricas para cada área, os recursos são destinados de forma eficaz. Por exemplo, pode-se economizar com a locação dos espaços ociosos. E, do outro lado da moeda, o investimento na transformação digital aumentará a produtividade.
3. Conformidade com as leis e normas do setor
Compliance significa estar em conformidade com a legislação e a regulação do setor. Para exemplificar, a atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) trouxe à tona as novas disposições sobre o gerenciamento de riscos ocupacionais.
4. Captação e retenção de talentos profissionais
A valorização profissional é um dos principais atrativos para captar e reter os talentos. Basicamente, a ideia é criar mecanismos para que os melhores funcionários continuem trabalhando na companhia.
5. Aumento dos índices de satisfação e motivação
De acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, colaboradores felizes são 31% mais produtivos e três vezes mais criativos. Eles também vendem 37% a mais em relação aos colegas e adotam um alto padrão de qualidade no atendimento.
6. Redução do absenteísmo e presenteísmo
No absenteísmo, o funcionário falta por motivo de saúde. Já no presenteísmo, ele comparece ao trabalho, mas não consegue desempenhar suas funções plenamente. Além disso, é primordial prevenir a Síndrome de Burnout (esgotamento profissional).
7. Prevenção de acidentes no ambiente de trabalho
As iniciativas de segurança do trabalho resguardam as pessoas e, também, a continuidade dos negócios. Esses são dois exemplos: ambientes seguros evitam os incêndios e os acidentes durante a operação dos equipamentos críticos.
8. Melhoria na imagem e na reputação organizacional
Definitivamente, não é fácil criar uma marca bem-sucedida e mantê-la competitiva no mercado. Logo, a imagem e a reputação empresarial são ativos que agregam valor à companhia e ampliam sua fatia de participação no mercado, o market share.
9. Alto padrão de qualidade nos produtos e serviços
Processos alinhados e funcionários engajados favorecem a melhoria contínua nos produtos e serviços. Nada é tão bom que não possa ser melhorado, afinal. E, aqui, o caminho é otimizar os recursos: fazer mais, com menos esforço físico e intelectual.
10. Valorização tangível do capital humano
Sem dúvida, o capital humano é um dos principais ativos das instituições bem-sucedidas. Nessa linha, é importante tangibilizar o reconhecimento profissional, com: plano de carreira, benefícios flexíveis, autonomia e liderança inspiradora.
5 dicas de como melhorar a saúde organizacional
Agora que você já sabe o que é e qual a importância da saúde organizacional, vamos às boas práticas. Para tal, listamos cinco dicas que contribuem para tornar a sua empresa mais saudável, competitiva e perene.
1. Faça uma pesquisa de clima organizacional
A pesquisa de clima organizacional é uma ferramenta muito útil para entender os diferentes fatores que impactam diretamente a saúde da organização. A propósito, o Google Formulários e o Survey Monkey agilizam a coleta e a tabulação dos dados.
Sendo assim, elabore um questionário para que os colaboradores possam opinar sem medo de represálias. Dependendo do clima atual, uma boa pedida é possibilitar a participação anônima, o que trará respostas mais assertivas sobre:
- ambiente corporativo como um todo;
- condições de trabalho;
- processos organizacionais;
- rotinas diárias;
- comportamento dos líderes diretos e indiretos;
- compatibilidade entre remuneração e função desempenhada;
- oportunidades de crescimento profissional;
- qualidade dos treinamentos;
- satisfação geral com a empresa;
- recursos à disposição para o desempenho do trabalho;
- sugestões de melhoria;
- implantação de novos benefícios;
- dificuldades vivenciadas no trabalho.
A partir da análise apurada dos resultados, será possível obter insights de grande valia. Com base nesses dados, o próximo passo é traçar um plano de ação para promover as mudanças necessárias e, assim, melhorar a saúde organizacional.
2. Atente-se à taxa de turnover
O turnover se refere à rotatividade no quadro funcional, o que é um processo natural, até certo ponto. Em outras palavras, essa é a relação entre as admissões e os desligamentos de colaboradores durante um período determinado.
Quando a taxa de turnover encontra-se muito elevada, acende-se um sinal de alerta para a saúde organizacional. Isso porque, se há um “entra e sai” muito grande de funcionários, esse é um indicativo de que algo precisa ser ajustado.
Tal ajuste pode ser feito no recrutamento e, também, na avaliação de desempenho. Em todo caso, a alta rotatividade é bastante prejudicial para a produtividade da empresa, o fluxo de caixa e a imagem do negócio no mercado.
3. Defina qual é o propósito motivador da companhia
Se você ainda não ouviu falar sobre o conceito de golden circle, chegou a hora de descobrir do que se trata. Para isso, recomendamos o vídeo em que Simon Sinek explica sobre a relevância do propósito motivador para o crescimento dos negócios.
Durante o TEDx, ele demonstra como os grandes líderes inspiram ações de seus públicos de interesse. No fim das contas, as pessoas compram produtos e serviços porque se identificam com as empresas. No caso, a compra é motivada conforme o “por que” se oferece algo – e não “como” ou “o que” a companhia o faz.
4. Incentive o aprendizado dos colaboradores
Empresas que reconhecem a importância de recursos humanos tendem a ser mais saudáveis e fortes no mercado de atuação. Por isso, incentive o aprendizado ao longo da vida, o que será um divisor de águas para a esfera pessoal e profissional.
À medida que se adquire novos conhecimentos, eles naturalmente serão aplicados no dia a dia da empresa. Nesse ponto, vale lembrar que não estamos falando apenas de habilidades técnicas (hard skills), mas também comportamentais (soft skills).
E, para viabilizar esse treinamento, a dica é fazer parcerias com instituições de ensino. Além disso, é fundamental oferecer formações periódicas, assim como criar espaços para promover a troca de ideias e experiências.
5. Invista na automação de determinadas tarefas e processos
Que tal utilizar a tecnologia como uma aliada na promoção da saúde organizacional? Por meio de softwares especializados, é possível automatizar uma série de tarefas repetitivas. Com isso, os colaboradores poderão se dedicar às atividades mais estratégicas e que representam maior valor para a organização.
CRM, central telefônica, chats e ferramentas de análise de dados são alguns dos recursos indispensáveis.
E então? Ficou claro o que é saúde organizacional e a importância para melhorar os resultados da empresa? Para finalizar, a dica de ouro é: fique atento a este elemento vital e não deixe de investir no aprimoramento constante dos processos.
Autor: Douglas da Silva, Web Content & SEO Associate, LATAM
Fonte: https://www.zendesk.com.br/blog/saude-organizacional/
Publicado por: Tiago Merlone